Num país castigado pelo analfabetismo, projetos de
incentivo à leitura são muito mais que bem-vindos: são fundamentais
Fred
Linardi (novaescola@atleitor.com.br), colaborou Eduardo Lima
Freqüentador
do projeto de incentivo à leitura coordenado pelo Centro Educacional Kaffehuset
Friele, em Poços de Caldas, MG: transformando jovens em apaixonados por livros.
Foto: Marcos Rosa
Correr os
olhos pelos livros dispostos numa prateleira, escolher um deles e dirigir-se à
poltrona mais próxima, seja na biblioteca, na livraria ou na sala de casa.
Melhor ainda: deixar-se escolher por uma obra literária. À medida que as
páginas são viradas, o leitor se vê transportado para uma espécie de realidade
paralela - um mundo inteiramente novo, repleto de descobertas, encantamento e
diversão. Pouco importa se quem lê é criança, jovem ou adulto. Menos ainda se o
que está sendo lido é poesia, romance ou um livro de auto-ajuda. O que
realmente interessa é a cumplicidade entre o leitor e a obra, alicerçada no
prazer que só a leitura é capaz de proporcionar.
Ler por
prazer é o X da questão. Há quem leia, por exemplo, apenas para se informar,
dedicando regulamente algumas horas de seu precioso tempo a jornais e revistas
- como você, caro leitor, está fazendo neste exato momento. Trata-se de um
hábito mais que saudável, a ser preservado e disseminado, e de suma importância
na chamada "sociedade da informação" em que vivemos. Mas ele não
necessariamente irá transformar você num apaixonado pela palavra escrita. Da
mesma forma, a leitura para estudar, parte da rotina nas salas de aula, tem
suas funções pedagógicas, mas não faz despertar a paixão pela literatura. Quem
descobre prazer numa obra literária nunca mais pára de ler. Quando chega ao fim
de um livro, já está louco para abrir o próximo. E só tem a ganhar com isso.
O papel
da escola é fundamental nesse processo. E quem melhor que o professor para
despertar em seus alunos o prazer da leitura? São muitas as atividades que
podem ser desenvolvidas em sala de aula com esse objetivo. "Promover um
debate, por exemplo, para discutir cenas ou situações presentes num livro que
acaba de ser lido pela turma é uma prática importante e muitas vezes
esquecida", afirma a educadora Maria José Nóbrega. O problema é que o
profissional de educação nem sempre conta com os recursos necessários para
concretizar essas atividades, ou simplesmente não sabe como implementá-las.
Quando a
escola não cumpre esse papel, ganham relevância os inúmeros projetos de fomento
à leitura espalhados pelo Brasil, tema desta edição especial de NOVA ESCOLA.
Num país que ainda sofre com deficiências no ensino público e com o alto índice
de analfabetos funcionais (aqueles que, embora tenham aprendido a decodificar a
escrita, não desenvolveram a habilidade de interpretação de texto), qualquer
iniciativa que vise a transformar brasileiros em leitores é extremamente
bem-vinda.
Correr os
olhos pelos livros dispostos numa prateleira, escolher um deles e dirigir-se à
poltrona mais próxima, seja na biblioteca, na livraria ou na sala de casa.
Melhor ainda: deixar-se escolher por uma obra literária. À medida que as
páginas são viradas, o leitor se vê transportado para uma espécie de realidade
paralela - um mundo inteiramente novo, repleto de descobertas, encantamento e
diversão. Pouco importa se quem lê é criança, jovem ou adulto. Menos ainda se o
que está sendo lido é poesia, romance ou um livro de auto-ajuda. O que
realmente interessa é a cumplicidade entre o leitor e a obra, alicerçada no
prazer que só a leitura é capaz de proporcionar.
Ler por
prazer é o X da questão. Há quem leia, por exemplo, apenas para se informar,
dedicando regulamente algumas horas de seu precioso tempo a jornais e revistas
- como você, caro leitor, está fazendo neste exato momento. Trata-se de um
hábito mais que saudável, a ser preservado e disseminado, e de suma importância
na chamada "sociedade da informação" em que vivemos. Mas ele não
necessariamente irá transformar você num apaixonado pela palavra escrita. Da
mesma forma, a leitura para estudar, parte da rotina nas salas de aula, tem
suas funções pedagógicas, mas não faz despertar a paixão pela literatura. Quem
descobre prazer numa obra literária nunca mais pára de ler. Quando chega ao fim
de um livro, já está louco para abrir o próximo. E só tem a ganhar com isso.
O papel
da escola é fundamental nesse processo. E quem melhor que o professor para
despertar em seus alunos o prazer da leitura? São muitas as atividades que
podem ser desenvolvidas em sala de aula com esse objetivo. "Promover um
debate, por exemplo, para discutir cenas ou situações presentes num livro que
acaba de ser lido pela turma é uma prática importante e muitas vezes
esquecida", afirma a educadora Maria José Nóbrega. O problema é que o
profissional de educação nem sempre conta com os recursos necessários para
concretizar essas atividades, ou simplesmente não sabe como implementá-las.
Quando a
escola não cumpre esse papel, ganham relevância os inúmeros projetos de fomento
à leitura espalhados pelo Brasil, tema desta edição especial de NOVA ESCOLA.
Num país que ainda sofre com deficiências no ensino público e com o alto índice
de analfabetos funcionais (aqueles que, embora tenham aprendido a decodificar a
escrita, não desenvolveram a habilidade de interpretação de texto), qualquer
iniciativa que vise a transformar brasileiros em leitores é extremamente
bem-vinda.
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